segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

E minha casa ficou vazia

Eu sabia que isso iria acontecer. Chega uma hora que é preciso aprender a andar pelas próprias pernas, ou alçar voo pelas próprias asas, se assim preferirem.

Quase sete anos atrás meu filho mais velho saía de casa para estudar. Depois de 3 anos morando a cerca de uma hora daqui, voou para um pouco mais longe e foi buscar seu caminho. Agora ele precisa viajar por cinco horas para voltar para casa. Se é que ainda posso dizer que a casa dele é aqui... 
Agora, meu filho mais novo faz o mesmo caminho, levando junto a irmã (minha enteada). 
Ontem fui levá-los para a casa da minha mãe, onde ficarão. Quando voltei para casa, o silêncio era diferente. Ao passar pelos quartos de manhã era estranho pensar que eles estavam e iriam permanecer vazios.
Esse é um caminho sem volta. Os filhos crescem e saem de casa.
E se de um lado eu fico triste, por outro fico feliz. Triste de ter a casa vazia, feliz por vê-los progredir. 
Nunca quis criar meus filhos para mim, para ficarem agarrados debaixo da minha saia. Esse é um mundo pequeno demais para que pudessem ser felizes. Sempre mostrei a eles que o mundo é grande e há muitas coisas a serem conquistadas, lugares para se conhecer, oportunidades para se aproveitar. E que todo sonho é possível de ser alcançado, desde que se dedique verdadeiramente a ele e encare os desafios de frente.
Por mais que meu coração doa, é assim que quero que seja. Quero que cada um ache o seu caminho, o seu lugar no mundo, o que e quem o faz verdadeiramente feliz. 
E, quando voltarem, o quarto de cada um estará lá, a espera deles, para que possam recarregar as baterias  no colo da mãe coruja antes do próximo voo.
É isso.

11 comentários:

Nathalia disse...

Ô Sandrinha, posso dizer por experiência de filha que saiu da casa dos pais muito cedo: as mudanças vêm para melhor! Hoje, minha convivência com eles é muito mais agradável e prazerosa que antes. Nossa relação melhorou muito, e aproveitamos mais o tempo que estamos juntos.

Boa sorte com esse coração apertado, mas confie em Deus e tudo vai dar certo :)

Vero Kraemer disse...

Sandroca querida, que post lindo e tocante, me emocionei por ti. Saibas que te admiro demais, eita maezona porreta!
Tenho certeza que logo você estará melhor. Desconta tudo nas pinturas e costuras!
Bjos te adoroooooooo
Vero

Mariana Simioni disse...

Que lindo texto, fiquei emocionada, pois parece um texto que minha mãe me escreveu quando me casei. Já estava morando a 1 hora de distância, devido a faculdade ser em outra cidade, mas ela disse que ainda tinha esperança que eu fosse voltar a morar com ela depois de formar, mas que agora o quarto ia estar definitivamente vazio, e disse tudo isso que você escreveu. Lindo, é verdade... Hoje estou na frança, a mais de 13 horas de distância, e com um $$ muito alto para percorrer todas essas horas, é bem difícil... Sinto muita falta do colo da mamãe!!! Fique bem, as coisas se ajeitam, e a gente sempre volta. Beijos

Unknown disse...

Imagino que deva ser dificel, muita força.
Beijinhos

Paula Regina disse...

Até chorei!!! Tenho dois meninos em casa, são pequenos ainda, mas, sei que um dia, se Deus quiser, eu vou vê-los fazer isso também!!! Mas, o melhor é que saíram de casa pra algo bom, algo que vai somar!!! Lindo texto. Linda mãe!!!
beijos
paula

Renata Rossini disse...

Oi Sandra, nossa que lindo este post.
Fiquei pensando quando chegar a minha vez........que eu seja forte como você.
Que Deus abençoe e ilumine o caminho de seus filhos.
Bjs linda

madeira em forma disse...

Me emocionei, muito lindo seu desabafo. Sei que meu dia chegará, que meus dois filhos buscarão seus caminhos, por mais que cause dor, luto todos os dias para dar a oportunidade deles escolherem o mundo lá fora, de não terem medo do novo. Assim seja.
Abraços

Lia Gloria disse...

É Sandra, é inevitável que seja assim, sofremos mas com a certeza de que fizemos o certo.
eu tenho um filho que mora longe, quando vem nas férias é só alegria. no dia em que começo a arrumar a mala pra ele retornar, começo a chorar de manhã. é sempre assim...

A cada retorno deles, percebemos o quanto estão mais maduros, as conversas são mais consistentes.

Te joga nas arteirices,

bjs

Algodão Tão Doce disse...

Amei conhecer o seu blog e fiquei comovida com sua realidade.Que Deus te encha de sabedoria e conforto no seu coração.Me visite,será bem vinda: http://algodaotaodoce.blogspot.com.br/
Siga-me e pegue o meu selinho!!!

Obrigada.

Beijos Marie.

Josy Santos disse...

Nunca é fácil, mas necessário. Agora sei o que minha mãe sentiu quando saí de casa: Solidão e tristeza. Agora voltei para casa e ela mais tranquila e feliz. Agora que ela se aposentou posso ir embora mas levendo-a comigo agora. Melhor para nós duas.

Abraços,
Josy Santos
@MuraldaJosy
http://muraldebeleza.blogspot.com

Sandra Lima disse...

Meninas, obrigada pela força! Não é mole não, mas os dois primeiros dias é que são piores, depois a gente vai se adaptando. Tenho procurado peencher bastante o meu tempo e assim fica bem mais fácil, né?
E daqui a pouco vem as férias e eu poderei aproveitar um pouco mais dos meus "pequenos".
Beijos